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quarta-feira, 6 de julho de 2011

ESTÁGIOS DA PERDA AUDITIVA

As informações seguintes irão ajudar-lhe a entender as reacções psicológicas que uma pessoa poderá ter quando descobre que tem uma deficiência auditiva.



Recusa
Se a perda auditiva progrediu gradativamente poderá ter tido dificuldade em acreditar que tinha um problema. Um amigo ou um membro da família será o primeiro a dar-lhe a notícia e a pessoa poderá resistir à ideia. Irá achar que os outros é que não se explicam bem ou que falam demasiado baixo.

Raiva 
Esta é uma reacção muito natural que pode ser direccionada para o seu médico ou  para um familiar ou amigo próximo. É importante eles saberem que essa reacção não deve ser levada para o lado pessoal. É uma fase que irá passar no momento em que aceitar a sua perda auditiva.

Hesitação
Como a pessoa não está pronta para aceitar a deficiência vai tentar adiar uma avaliação auditiva usando desculpas como: « a minha audição não é assim tão má...eu ainda ouço...se as pessoas falarem um pouco mais alto eu não teria esse problema... se ficar pior procuro o médico...».

Sofrimento
Se a pessoa tem laços fortes com a família irá começar a ficar muito irritada com a dificuldade de comunicação. Nem sempre lhe repetem o que perdeu por falta de paciência. A comunicação começa a ficar realmente afectada o que levará à insegurança, desconfiança e inevitavelmente ao isolamento e por consequência final, à tristeza e solidão.

Aceitação

Com tempo e com positivismo irá aceitar a perda auditiva e estará pronta para procurar uma solução. E um dia, não muito distante, se sentirá muito feliz por ter tomado uma decisão.



 

quinta-feira, 10 de março de 2011

MEDICAMENTOS OTOTÓXICOS E LESÕES AUDITIVAS


Há uma grande variedade de drogas que podem causar lesões no ouvido humano (drogas ototóxicas), dentre elas, as mais comuns são: antibióticos aminoglicosídeos, salicilatos, quinina, agentes antineoplásicos e diuréticos de alça. Por isso, os médicos alertam para os riscos de fazer a automedicação.

Drogas ototóxicas devem ser ingeridas sob prescrição e acompanhamento médico para evitar grandes problemas. É aconselhável o controle permanente das funções auditivas e vestibulares durante a utilização desses medicamentos, sobretudo se existirem factores de risco como: função renal alterada, exposição à ruído, dose cumulativa e tratamento prolongado, perda auditiva neurossensorial ou zumbido prévio, extremos de idade, mau estado geral, desnutrição, vertigem ou desequilíbrio e administração concomitante de mais um ototóxico
Uma grande quantidade de analgésicos, antiinflamatórios e até mesmos antigripais contêm o ácido acetil salicílico que é considerada uma droga ototóxica, podendo acarretar perda auditiva leve a moderada ou até mesmo zumbido.
A ototoxicidade pode se manifestar como perdas auditivas neurossensoriais, temporárias ou permanentes, de grau variado, podendo estar associado ou não a zumbido ou tontura, de acordo com o tipo de droga, a dose utilizada e o tempo de tratamento, o estado geral do paciente , a idade, o uso simultâneo de outras drogas ototóxicas, entre outros.
É importante salientar que a grande maioria das ototoxicidades é temporária e não causam distúrbios por longos períodos. Otorrinolaringologistas chamam atenção quanto ao uso indiscriminado de remédios sem prescrição médica, por conta das possíveis complicações do seu uso, sem orientação e acompanhamento especializado. 

terça-feira, 1 de março de 2011

A perda de audição

A perda de audição é mais comum do que as pessoas pensam, sobretudo a partir dos 60 anos. Em Portugal existem mais de um milhão de pessoas com deficiências auditivas, embora na maior parte dos casos a audição seja recuperável, desde que se esteja atento a pequenos sinais e se procure ajuda rapidamente. Sintomas como colocar o volume da televisão mais alto do que o resto da família, sentir zumbidos nos ouvidos, ouvir mas não perceber ou ter dificuldade a atravessar uma rua por não saber de onde vêm os carros, podem significar que tem problemas auditivos. A maioria destas pessoas pensam que ouvem bem, mas na verdade nem sempre conseguem perceber na totalidade aquilo que foi dito, porque os sons agudos, que conferem clareza ao discurso, são perdidos.
Infelizmente apenas uma em cada cinco pessoas é que faz algo para tentar recuperar a sua audição. Quando mais cedo consultar um técnico especializado maiores são as probabilidades de recuperar a sua qualidade de vida e retomar o convívio com familiares e amigos.
Para verificar se sofre de problemas auditivos marque uma consulta auditiva. Todos os aparelhos auditivos são fabricados para responder às necessidades auditivas de cada pessoa. Para tal, é necessário fazer primeiramente um teste auditivo completo de forma a identificar o estado da sua audição e podermos aconselhar o melhor aparelho para o seu problema específico.

 O vários modelos de aparelhos auditivos:

Os modelos retroauriculares (por detrás da orelha): são discretos e ergonómicos, acompanhando o formato da orelha. Confortáveis e simples de usar, são bastante eficazes em perdas de audição profundas.

O modelo Concha: Aparelhos para perdas de audição que exigem uma grande amplificação de sons, adaptando-se perfeitamente ao formato externo do ouvido.

Modelo Meia Concha: Combina a mesma potência dosconcha, com um tamanho mais reduzido, permitindo uma maior discrição.

Modelos Canal e Mini-Canal: Aparelhos ainda mais discretos do que os Concha, para perdas auditivas
Moderadas.

Modelo CIC: Praticamente invisíveis, estes modelos beneficiam da tecnologia digital que permite ampliar apenas os sons que interessam ouvir, ignorando o ruído de fundo que prejudica a audição.




Modelo MeiaConcha



Modelo Mini Canal


Do mais discreto ao retroauricular


A DIABETES
E A PERDA
AUDITIVA
Resumindo brevemente os dois tipos comuns de diabetes Mellitus (níveis anormais de glucose na corrente sanguínea por produção deficitária ou inexistente de insulina pelo pâncreas):

TIPO I

Os que dependem de uma dose diária de insulina. Frequentemente surge na infância ou adolescência, podendo no entanto ocorrer mais tarde e em qualquer idade. As implicações derivadas desta doença podem ter graus diversos e atinge vários órgãos e funções, entre elas a audição.

TIPO II

Afecta geralmente as pessoas acima dos 40 anos, um pouco mais as mulheres do que os homens, mostra surgir tendencialmente em certas famílias e verifica-se uma produção deficiente de insulina, normalmente pode ser controlada com medicamentos, exercício, dieta e controle de peso. Estes serão talvez os doentes que sofrem mais de perda auditiva como consequência da Diabetes. Dada a incidência de perda auditiva nos diabéticos (cerca de 80%), o perfi l mais comum será uma deficiência bilateral (dois ouvidos afectados), Neurosensorial (ouvido interno) e progressiva (tendência a piorar). É facilmente confundida com uma deficiência presbiacusia (Desgaste natural da audição pela idade, afecta primeiro os sons agudos).

A REABILITAÇÃO AUDITIVA EM DOENTES DIABÉTICOS

TENDO EM CONTA QUE O DIABÉTICO

PODERÁ SOFRER DE:


Hiper sensibilidade cutânea – atrofia epitelial, descamação e baixo pH, será recomendado usar próteses auditivas hipoalergénicas, pois a pele reage muito facilmente com irritação aos matérias em contacto, inclusive poderá desenvolver-se otites externas e é muito importante uma vigilância clínica frequente.
Hipersensibilidade sonora – Uma exagerada sensibilidade a sons elevados, recomenda a aplicação de aparelhos auditivos digitais de grande auxílio para a correcção destas perdas auditivas.
Problemas vestibulares – é frequente a vertigem nestes pacientes, assim como a presença de acufenos
(Zumbidos nos ouvidos), estes sintomas nem sempre conseguem ser aliviados pelo o uso dos aparelhos auditivos, porém, uma grande percentagem de doentes confirma uma melhoria ao colocarem as próteses auditivas.
A Alteração na pressão e alcalinidade dos fluidos verificam-se em muitos casos flutuações na perda auditiva, pelo que se recomenda a prescrição de aparelhos com controlo de volume de som.
Hipersensibilidade do nervo Vago – Este nervo que pode ser pressionado por certos aparelhos mais justos, pode dar a sensação de náusea, um cuidado extra que o Audioprotesista deverá ter ao recomendar o tamanho do aparelho auditivo.
Neuropatia – associada tipicamente aos casos mais graves de amputações e cegueira, pode também afectar dramaticamente o sistema auditivo central, isto implica que os resultados com as próteses poderão ser nulos ou muito baixos, daí que devemos ser prudentes e realistas nas promessas na reabilitação destes casos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CAUSAS e PROGRESSOS

Não deixará de ser interessante abordar os aspectos sócio – culturais que derivam na ocorrência directa ou indirecta da perda auditiva. A alimentação actual, demasiado pobre, em especial nas camadas mais jovens, acaba por fragilizar a resistência física e mental em detrimento de uma nova alimentação rica em gorduras saturadas e açucares, propicia a doenças como a diabetes, a hipertensão arterial e doenças cardiovasculares em geral. Todas estas doenças podem trazer como consequência irreversível uma deficiência auditiva do tipo hipoacusia neurosensorial que se instala de forma gradual e imperceptível.
Os tempos modernos e a consequente evolução nos métodos de trabalho, vieram transformar em sedentária a maioria da população, factor que contribuiu igualmente para agravar a saúde do sistema circulatório.
Para o aumento exponencial da população com hipoacusia neurosensorial, contribui ainda o facto de ter aumentado muito a esperança média de vida. A presbiacusia, a típica perda auditiva induzida pela idade, será hoje a mais tratada das hipoacusias. As modernas tecnologias aplicadas na reabilitação auditiva, nomeadamente nos aparelhos auditivos digitais, vieram trazer a alegria na recuperação da audição promovendo um maior conforto e reforçando os laços sociais desses indivíduos.
No advento da industrialização, fenómeno que ocorreu no nosso país desde finais do século XIX, por muito barulhentas que fossem as máquinas, não se protegiam os operários do excesso de ruído. Aliás, mesmo quando estão disponíveis equipamentos de protecção, ainda hoje são ignorados por muitos e os efeitos dessa violência auditiva fazem-se sempre sentir a prazo, com perdas auditivas irreversíveis e por vezes dramáticas. Espera-se agora uma nova vaga de deficientes auditivos, os que têm por hábito ouvir música demasiadamente alta, acima de 100 decibéis.
Estarão porém em declínio os números dos deficientes auditivos com perdas de transmissão, resultado da eficácia dos tratamentos das infecções e da acessibilidade aos cuidados médicos pela maioria da população.
Um dos mais relevantes progressos da ciência nesta área é o tratamento da deficiência auditiva profunda nas crianças, ao nível da cóclea. Trata-se pois dos implantes cocleares, que lhes proporcionam uma vida mais integrada e normal, facilitando assim o seu desenvolvimento no seio da sociedade comunicativa, nomeadamente a escolar e familiar.

ESTILOS DE VIDA e a PERDA AUDITIVA


Alguns factores sócio – culturais têm forte implicação na diminuição das capacidades de audição dos indivíduos.
Os hábitos alimentares, com dietas pobres e pouco variadas, em especial nas camadas mais jovens, e uma vida sedentária, acabam por fragilizar a nossa resistência física e mental, permitindo o surgimento de doenças como a diabetes, a hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e o mau funcionamento do sistema circulatório.
Todas estas doenças podem trazer como consequência irreversível uma deficiência auditiva do tipo hipoacusia neurosensorial que se instala de forma gradual e imperceptível.
Com o aumento da esperança média de vida, a presbiacusia -  típica perda auditiva induzida pela idade - , será hoje a mais tratada das hipoacusias.
Felizmente, as modernas tecnologias aplicadas na reabilitação auditiva, nomeadamente nos Aparelhos Auditivos Digitais, vieram trazer a alegria na recuperação da audição promovendo um maior conforto e reforçando os laços sociais desses indivíduos.
O ruído urbano ou no local de trabalho contribui também, em grande medida, para o elevado risco da perda das nossas faculdades de audição. Os efeitos dessa “violência auditiva” fazem-se sempre sentir a prazo, com perdas auditivas irreversíveis e por vezes dramáticas. Porque sentimos dificuldades na comunicação com os outros sobretudo ao nível da percepção das palavras haverá a tendência para o indivíduo se arredar do convívio familiar, social e profissional.
Com a “modernidade” espera-se a uma nova geração de deficientes auditivos prematuros. De facto os jovens que têm por hábito ouvir música demasiadamente alta, acima de 100 decibéis, estão em risco de sofrer de perdas auditivas mais graves e bem mais cedo do que na geração dos seus avós.
A evolução da tecnologia e da ciência no campo da Audição asseguram que, em tempo, se encontrem soluções a nível individual permitindo a esses pessoas recuperar alguma da sua audição, podendo manter assim alguma da sua qualidade de vida.
Sendo o sentido da Audição o primeiro sentido que se forma no nascituro, e por muitos considerando o nosso sentido mais importante, é nosso dever prevenir que os nossos hábitos e estilo de vida não afectem a nossa Saúde Auditiva!