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terça-feira, 1 de março de 2011

A DIABETES
E A PERDA
AUDITIVA
Resumindo brevemente os dois tipos comuns de diabetes Mellitus (níveis anormais de glucose na corrente sanguínea por produção deficitária ou inexistente de insulina pelo pâncreas):

TIPO I

Os que dependem de uma dose diária de insulina. Frequentemente surge na infância ou adolescência, podendo no entanto ocorrer mais tarde e em qualquer idade. As implicações derivadas desta doença podem ter graus diversos e atinge vários órgãos e funções, entre elas a audição.

TIPO II

Afecta geralmente as pessoas acima dos 40 anos, um pouco mais as mulheres do que os homens, mostra surgir tendencialmente em certas famílias e verifica-se uma produção deficiente de insulina, normalmente pode ser controlada com medicamentos, exercício, dieta e controle de peso. Estes serão talvez os doentes que sofrem mais de perda auditiva como consequência da Diabetes. Dada a incidência de perda auditiva nos diabéticos (cerca de 80%), o perfi l mais comum será uma deficiência bilateral (dois ouvidos afectados), Neurosensorial (ouvido interno) e progressiva (tendência a piorar). É facilmente confundida com uma deficiência presbiacusia (Desgaste natural da audição pela idade, afecta primeiro os sons agudos).

A REABILITAÇÃO AUDITIVA EM DOENTES DIABÉTICOS

TENDO EM CONTA QUE O DIABÉTICO

PODERÁ SOFRER DE:


Hiper sensibilidade cutânea – atrofia epitelial, descamação e baixo pH, será recomendado usar próteses auditivas hipoalergénicas, pois a pele reage muito facilmente com irritação aos matérias em contacto, inclusive poderá desenvolver-se otites externas e é muito importante uma vigilância clínica frequente.
Hipersensibilidade sonora – Uma exagerada sensibilidade a sons elevados, recomenda a aplicação de aparelhos auditivos digitais de grande auxílio para a correcção destas perdas auditivas.
Problemas vestibulares – é frequente a vertigem nestes pacientes, assim como a presença de acufenos
(Zumbidos nos ouvidos), estes sintomas nem sempre conseguem ser aliviados pelo o uso dos aparelhos auditivos, porém, uma grande percentagem de doentes confirma uma melhoria ao colocarem as próteses auditivas.
A Alteração na pressão e alcalinidade dos fluidos verificam-se em muitos casos flutuações na perda auditiva, pelo que se recomenda a prescrição de aparelhos com controlo de volume de som.
Hipersensibilidade do nervo Vago – Este nervo que pode ser pressionado por certos aparelhos mais justos, pode dar a sensação de náusea, um cuidado extra que o Audioprotesista deverá ter ao recomendar o tamanho do aparelho auditivo.
Neuropatia – associada tipicamente aos casos mais graves de amputações e cegueira, pode também afectar dramaticamente o sistema auditivo central, isto implica que os resultados com as próteses poderão ser nulos ou muito baixos, daí que devemos ser prudentes e realistas nas promessas na reabilitação destes casos.

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